Thursday, September 17, 2009

Somos do contra

As oposições são conhecidas por serem "do contra". A política tem vários propósitos, um deles, senão o maior, é a luta pelo poder. O próprio debate ideológico promove quase em regime exclusivo, diferenças que visam o alcance do poder. Partindo deste princípio, as estratégias variam, e a coisa não é de agora.

Nos anos 20 do século passado, depois da morte de Lenine, discutia-se na actual Rússia, a melhor forma de levar a ditadura do proletariado ao mundo. Trotsky por exemplo, considerava que a tal "salvação" residia na propagação imediata da revolução. O grande objectivo era enfraquecer o mais depressa possível os outros Estados - espicaçando o caos e a desordem o melhor possível - conseguindo assim uma relação de forças favorável ao poder revolucionário.

Conhecemos todos como acabou a história do comunismo na URSS (Trotsky entretanto ficou pelo caminho também).

Curiosamente, nesta ideia de Trotsky levar a revolução ao mundo, encontra-se justificação para o modus operandi do Bloco de Esquerda. Tudo o que é bandeira de pretensa igualdade é bandeira do BE; a sua receita é muito barulho mas poucas soluções.
"Mais emprego" Todos queremos mais emprego, mas como?
"Salários mais altos" Também queremos todos, mas como?
A lista continua num outdoor perto de si.

O Bloco despeja uma miríade de palavras de ordem, simples de anunciar, mas como solução no seu programa aponta por exemplo, a nacionalização da banca, da energia e dos seguros. Um modelo, que dispensa apresentações (como já referi em posts anteriores, não há um país no mundo que apresente níveis de desenvolvimento dignos de seu nome e que aplique este tipo de política). Aumenta-se a despesa e gera-se receita com um modelo de pseudo-filosofia política que irá salvar a sociedade da perdição.

Louçã, um trotskista de gema, faz o mesmo que o seu mentor: tenta espalhar as brasas o mais longe possível, na esperança que um dia chegue a revolução. Depois.. logo se vê.

Dia 27, alguém em consciência quer mesmo ajudar a reavivar ideologias que pertencem a outro século?

1 comment:

Ricardo Rodrigues said...

pior que o Francisco como primeiro, só mesmo o Jerónimo... acho que até preferia o Manuel João Vieira dos Ena Pá 2000!!!