O acto de votar está mais relacionado com a liberdade de cada um, do que propriamente com a eleição de um determinado candidato. É evidente que de um processo eleitoral resulta um vencedor (se houver número suficiente de votos), mas, votar é antes de mais, exercer um direito.
Por esta altura, surgem dezenas de argumentos para não votar.
Este é um dos mais utilizados.
"Votar para quê? Fica tudo na mesma." Concordo com esta afirmação. Se analisarmos os últimos 15 anos de governação, um ou outro indicador melhorou, mas continuamos a crescer abaixo da média europeia e a ter condições sócio-económicas inferiores aos nossos parceiros europeus. É preciso uma mudança e nenhum dos partidos existentes corresponde às expectativas de uma franja considerável da população. Que se vote em nulo ou em branco nestas situações. O voto nulo ou branco, é também uma forma de expressão, e caso se verifique um aumento substancial deste tipo de votos, a classe política retirará daí conclusões.
A abstenção é nada mais que a expressão máxima de uma sociedade civil inoperante e anémica, que dá carta verde aos políticos para fazerem aquilo que bem entenderem, e que reduz ao mesmo tempo o seu papel de suposto agente dinamizador e integrante do espaço onde se insere. Se os políticos não são controlados, porque é que hão-de importar-se com a consequência das suas lastimáveis decisões?
A democracia, apesar de imperfeita, continua a ser o pior de todos os sistemas, à excepção de todos os outros (já não me lembro quem é que disse isto, mas são palavras acertadas).
A classe política precisa de entender que está a ser escrutinada. Para haver bons políticos é preciso haver um envolvimento dos cidadãos. Não fiquem à espera que a política resolva todos os problemas.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment