Não quero minimizar ninguém com o termo ralé, não me ocorreu outra palavra, apresento as formais desculpas pela minha incapacidade no que ao extenso vocabulário - ou falta dele - diz respeito.
Segundo consta, a CGD meteu-se num negócio não proveitoso com o digníssimo Manuel Fino, uma patacoada de acções a um preço que não devia ter sido etc e tal. Reprovável? Sim. De tempos a tempos, a CGD mete-se numas alhadas, por ser banco do Estado. Vêm logo, os wannabee-coveiros da CGD em tudo o que é jornal dizer que a CGD é do Estado, que não se pode meter em negócios destes, uma vergonha, o governo, bla bla bla bla
O PSD de Dias Loureiro e Oliveira e Costa fazia bem em não falar muito sobre banca. Só uma ideia que me ocorre, não sei, que acham?
O engraçado é que estes coveiros da Caixa se limitam a criticar. Sabem que é imprescindível para o Estado ter um banco onde a sua influência possa ser exercida, exactamente para conter e aparar os disparates da "mão invisível" (que por falar nisso, desde Setembro de 2007 se tornou muito vísivel). Criticam portanto, mas já não apelam à privatização da Caixa. Greenspan, já veio a terreiro dizer que o melhor mesmo é nacionalizar temporariamente alguns bancos. Despejar dinheiro na banca ou criar os tais bad banks não vai resolver o problema, e estas almas penadas já perceberam isso. Mas nesta réstia pacóvia e autista de privatização, aproveitam cada migalha para tentar enterrar o pouco que nos impede de sermos totalmente engolidos pela iniciativa privada descontrolada.
Leva-me isto ao grande defensor da privatização da Caixa, Pedro Passos Coelho. Deu uma entrevista à Pública, disse que leu um livro de Sartre que aparentemente não existe, Pacheco Pereira fez o favor de chamar a atenção da malta para o erro, um qualquer defensor de Passos disse que afinal há uma Fenomenologia do Sartre, e cá andamos por estas lutas literário-partidárias. O Congresso do PS, decorre alegremente - sem Alegre até ao fecho do post - enquanto este estranho PSD se arrasta (se conseguir) até Outubro (se não se antecipar as legislativas) com uma Manuela de olho em Sócrates e com Pacheco Pereira na tradução e correcção do vasto relicário cultural do PSD.
Saturday, February 28, 2009
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