Monday, November 2, 2009

PS.. D?


O PSD atravessa mais uma das suas fases endémicas, em que sucessivos pseudo-líderes tentam chegar ao poiso. Alguns reclamam um corte geracional, deixando Marcelo de lado. Outros, reclamam alguém com capacidade de unificação e com altos níveis de popularidade (e sim, Marcelo leva grande vantagem nesta matéria).

Independentemente destas guerras - que nos últimos anos têm prejudicado mais a imagem do partido do que feito algo positivo por ele - a verdade é que nos últimos anos, o PS tem ganho eleições. Compare-se os indicadores económicos do ano 2000, repare-se que faltam 2 meses para chegar a 2010 e ninguém me apelidará de maluco se, eu adjectivar esta década, como uma década perdida. Não somos o primeiro país a atravessar uma década assim e a ter outra fulgurante a seguir. Contudo, é impossível mudar, se continuarmos a utilizar a fórmula demente e cadavérica dos últimos anos.

E é aqui que reside a grande falha do PSD: a incapacidade ao longo de todo este tempo, de explicar às massas, que toda a panóplia de serviços e benesses disponibilizadas pelo Estado, só têm contribuído para um aumento incapacitante da carga fiscal sobre as pessoas e as empresas, que servem exclusivamente meia dúzia de interesses e que depauperam a economia a um ritmo pujante. O PSD devia, de uma vez por todas, assumir-se claramente como um partido de direita, e deixar definitivamente o território das 'ofertas' para os partidos de esquerda.
Tem simplesmente, que centrar o seu discurso naquilo que é a alternativa ao socialismo desenfreado, cheio de auto-estradas, pontes e viadutos, e claro está, cheio de bancos para financiar esta irresponsabilidade. Se continuar a dizer que as benesses se mantêm em vigor, não existe nenhum factor de diferenciação.

Só mesmo o D no fim.

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