Friday, January 15, 2010

Santo António já se acabou


Foi ventilada uma notícia via Público, onde é admitida a hipótese dos casais gay terem acesso ao apoio disponibilizado pela CM de Lisboa no âmbito das festas de Santo António.

À boa maneira portuguesa, irá estalar o verniz, o caso dará que vender e será vítima de trinta e três voltas e respectivas reviravoltas. A minha opinião: uma pessoa, independentemente da sua orientação sexual, não deve sofrer qualquer tipo de discriminação, muito menos quando estão em causa, verbas do domínio público, como é o caso deste apoio. Em que é que a orientação sexual de uma pessoa pode prejudicar o bem estar dos outros? Os que usam o argumento pedofilia como tipo de orientação que prejudica outras pessoas, recorde-se para o efeito, que a pedofilia é uma patologia, ou seja, um comportamento considerado desviante e que constitui doença (anormal portanto), ao contrário da homossexualidade.

Temos de novo em causa, o poder da tradição, neste caso dos costumes religiosos, contra o poder dos novos tempos, o desejo da igualdade. Apesar do paradoxo - uma festa em honra de um santo católico apoiar algo que a Igreja enquanto instituição desaprova - é uma boa oportunidade para repensar determinadas posições do catolicismo, que com o tempo acabam por se revelar ultrapassadas e que são de resto, alvo de revisão por parte da dita instituição. A questão, é que os homens do Vaticano ainda andam às voltas com as pílulas e os preservativos, casamento gay para os senhores, é mesmo muito à frente.

1 comment:

Rui Caldeira said...

Se fosse para casar as pessoas do mesmo sexo, seja Deus ou a bola gigante ou as particulas não sei do quê que criaram o mundo (cada um acredita no que acha mais piada) , penso que bastava haver uma especie .. o que até era giro, pois iamos ver coisas do genero nos livros de história " Quando Deus criou Adão e o Zé " , ou "a Maria e a Eva andavam no paraíso " .. Não deixava de ser giro na mesma, mas o kamasutra ia deixar de ter tantas páginas :|