Sunday, January 24, 2010

A elegante convicção


Só depois de ter a ideia de escrever este post, é que fui ao dicionário ver a definição de convicção. Uma delas, curiosamente, enquadra-se perfeitamente naquilo que eu tinha em mente.

Sou da opinião que devemos ser elegantes nas nossas convicções. A expressão convicções fortes, está normalmente relacionada, com uma qualidade que a sociedade atribui a uma minoria. Utiliza-se normalmente, e estranhamente, em situações póstumas: "Era um excelente homem, de convicções fortes", de certeza que já ouviu isto por aí. O problema que as convicções fortes trazem, é que não deixam espaço para a sua mutação, ou seja, quando aparece alguém que questiona a forma como percepcionamos as coisas, as nossas convicções fortes não dão espaço a esse novo ponto de vista e a essa nova percepção de pelo menos, ser equacionada (quanto mais assimilada). Corremos então o risco, de viver uma vida de convicções fortes, mas de ideias curtas. Qual é a ideia ou o conceito que não muda ao longo da vida? Penso que só ganhamos ao adaptarmos a nossa forma de estar e de pensar às pessoas e aos tempos.

Quando me refiro à elegância das convicções, remeto-as para o campo da elegância conotado com a beleza. Alguém cheio de convicções fortes, está condenado a uma vida imutável.

Por último, partilho então uma das definições de convicção: certeza dum facto de que apenas temos provas morais. Encher a nossa mente com ideias suspensas em "apenas provas morais"... vale o que vale.

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