Saturday, March 7, 2009

Condução e Lojas de Roupa

Por estranho que pareça existe um paralelismo entre estes dois espaços, de resto tão frequentados em Portugal.

O paralelo é a falta de civismo e passo a explicar: as pessoas quando entram num carro, recebem um estranho espírito e aproveitam para expelir as suas fúrias, problemas e frustrações no veículo mais próximo. Não deixam passar ninguém, ignoram peões, sinais vermelhos, e infelizmente somos campeões em acidentes a nível mundial. Muitas destas tragédias devem-se a uma cultura de condução egoísta.

Este mesmo egoísmo e falta de consideração pelo próximo impregna as lojas de roupa; nas minhas raras idas a esses espaços vejo a indiferença com que tantas pessoas pegam numa peça de roupa e após uma inspecção visual de 2 segundos atiram com a mesma peça, não para o mesmo sítio, mas para onde calhar e obviamente, por dobrar. O argumento é que os empregados estão lá para arrumar. Coloquei-me no lugar dos empregados: num trabalho que provavelmente foi o que conseguiram arranjar, mal pagos e terem que 50 vezes ao dia dobrar e colocar peças de roupa no mesmo sítio porque umas almas (que por vezes nem compram nada!) querem ver melhor dada peça de roupa. Compreendo que se tenha que ver e experimentar antes de comprar, mas não entendo o sistema do ver e atirar de qualquer maneira.

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