Wednesday, July 23, 2008

Lisboa menina e moça




Ora bem, caríssimos/as..

Sem rodeios, estou absolutamente apaixonado por Lisboa. Nasci nessa bela cidade no ano da graça do senhor de 1982 e por terras de S. Sebastião da Pedreira andei uns 20 anos; decidi por superiores razões ir viver para Aveiro 5 anos da minha singela vida. Diz a minha avó na sua sapiência que só a vida e os anos trazem: "Filho, não há nada como a nossa terra."

Já tinha ouvido isto 62 vezes, só agora entendo a simplicidade esplendorosa da coisa. De facto, não há nada como a minha terra; não quero entrar no exagero "Lisboa é Portugal e o resto é paisagem", mas digo-vos meus amigos, não há nada como isto e não é só a cidade em si. As pessoas, desde as tradicionais, a passar pelos novos "metros" ou pelos descabelados do Bairro Alto, nada têm a ver com tudo o que vi por fora destes limites. Não menosprezando ninguém obviamente. Tenho amigos (poucos) por terras de ovos moles que não troco por nada. Mas companheiros.. Lisboa é aquele abraço. Pergunto-me quase todos os dias onde andava com a cabeça. É aqui que eu pertenço. Definitivamente.

5 anos depois e ao regressar - de noite - atravessei a Av. República até ao Marquês de Pombal; parecia uma criança a ver tudo pela primeira vez. Senti-me ridículo quando dei por mim maravilhado com aquela luz toda. Depois ao longo dos primeiros dias a interagir com as pessoas senti finalmente que se entendia o que dizia; não por motivos de sotaque claro está.. mais ao nível de cumplicidade. Confesso ser algo acelerado por natureza. De Coimbra para cima é motivo para se ficar a olhar para um cidadão com uma desconfiança digna de um agente da PJ. Aqui sou só mais um. Sabe-me tão bem para ser sincero. Se calhar não me adaptei bem não sei.

Lisboa terá as suas coisas más obviamente. Mais crime, mais intrujice (e daí não sei) e por aí fora. Terá também mais oportunidades para quem as procura - a todos os níveis.

Obrigado pela recepção!

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