Após dois longos meses de ausência - por motivos profissionais - foi com particular satisfação, que registei vários comentários de alguns seguidores do blog averiguando sobre a inexistência de novos posts. Muito trabalho e pouco tempo, o caldo ideal para deixar a escrita de lado. Mas de volta então!
No habitual registo do quotidiano, chamou-me a atenção a forma de apregoar de um distinto vendedor de rua. À porta do metro do Campo Grande, por volta das 8h00, apregoava então o amigo a viva voz com as mãos cheias de carteiras: "A fábrica ardeu, o patrão morreu, é tudo meu." Tudo roubado portanto. Leva-me a história para o natural aumento da criminalidade tendo em conta as circunstâncias económicas. Lembro-me de já ter discutido várias vezes a questão de crescer em zonas complicadas e conseguir - ou não - ter sucesso. Ultimamente o trabalho tem-me levado a algumas zonas complicadas da grande Lisboa (Bº Padre Cruz, Musgueira, Ameixoeira e por aí fora), e efectivamente, são zonas que têm tudo para produzir cidadãos marginais. A questão, e gostava de ter estatísticas dos níveis de escolaridade dos encarregados de educação destas zonas, passa pelas habilitações académicas, ou melhor, a falta de. Se uma criança tem dificuldades, por exemplo, a estudar, e se eu enquanto encarregado de educação não tenho capacidade para ajudar a criança muito provavelmente vai perder o interesse pela escola, e depois claro, tem a outra "escola" à espera e sempre aberta para novas inscrições. Se os encarregados de educação não tiverem essa capacidade de ajuda e essa percepção, estamos a produzir massas de gente abjecta e que quando tiver filhos provavelmente fará o mesmo. O grande tema escolhido por Guterres há uns anos valentes - A Educação - continua vivo e premente. Sócrates escolheu o Choque Tecnológico, englobando parte do plano na educação, concentrado os holofotes no Magalhães. Por muito que doa aos puristas, a utilização de suportes tecnológicos (como o Magalhães) contribui para uma aprendizagem mais completa e torna de certa forma, algumas actividades pedagógicas que à partida seriam aborrecidas, em algo interessante. Em ano de eleições, que bandeiras virão? Espero que se aponte baterias para a educação. Sim, de novo, até se acertar a agulha de vez.
Saturday, May 30, 2009
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