De Saramago, com direito a estreia mundial no Brasil. Não é sobre livro que me vou debruçar mas antes perante o fenómeno anti-Saramago que teima em não desaparecer. O homem falou mal de Portugal, é comunista e calça o 40. À parte de tudo isto é um fenomenal escritor, e por amor da santa, elevou o nome do país à qualidade indiscutível de produtor de um Nobel.
Dito isto, não entendo como é que ouço e leio gente a falar de Saramago única e exclusivamente sobre as suas posições políticas. As palavras que existem sobre a adaptação do seu livro ao cinema (Blindness) são de puro enxovalhamento e gozo juvenil. Acho que não li uma única linha sobre o simples facto (independentemente da qualidade do filme) de uma adaptação (premiada em Cannes!) ter tido como génese um livro escrito por um português.
Lembro-me de ter ouvido num programa, lá está, para um público juvenil, numa entrevista em jeito de brincadeira a Lobo Antunes, em que o último quando comparado com Saramago, insinua que ganhar um Nobel, não é nada por aí além. Claro, ganhar um nobel. Costumo fazer isso todas as quintas antes de ir almoçar.
Friday, November 28, 2008
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