Deparei-me com um fenómeno, aparentemente usual a partir dos 35 anos de idade e em homens. Aquele tipo de homem que teve 46 relacionamentos extra-conjugais, bateu uma vez ou outra na mulher, nunca esteve em casa, basicamente, foi um cão digno de seu nome e nunca teve coragem para terminar uma relação que já não dava nada há uns 15 anos.
Chegam aos 30 e muitos e pelos vistos apaixonam-se de novo; sentem-se diferentes e impelidos a contarem a merda toda feita ao longo dos anos. E então, naquilo que não passa de um alívio de consciência contam tudo ao pormenor à nova amada. Depois de regurgitado todo o material, eles ficam mais aliviados e elas dizem "Ele contou-me tudo sobre a vida dele" com o ar mais orgulhoso do mundo. Sim, elas foram as escolhidas por aquilo que parece ser um homem regenerado, que já passou pelas aventuras que tinha a passar e que agora quer sossegar e dar uns passeios apaixonados pelas estradas de vida. Yeah right.
Lamento informar, mas dos casos que conheço que "contaram tudo" invariavelmente voltaram às relações extra-conjugais mais cedo ou mais tarde. Fui entrevistar uma destas peças. Disse-me que se conta tudo é porque já não tem importância, portanto à partida não vai acontecer mais. E baseado nisto se inicia uma vida a dois que termina em.. cornos, passe a expressão. Boa sorte para os que contam tudo e para quem os ouve.
Sunday, May 31, 2009
Saturday, May 30, 2009
Eleições Europeias
Antes de prognósticos, comentário sobre as respectivas campanhas.
PS: decidiram assumir-se como o grande elo de ligação entre Portugal e a União Europeia. Soares, Guterres e Sócrates de caneta na mão a selarem o nosso futuro. O que não é mentira nenhuma.. excepto Sócrates. O Tratado de Lisboa continua por definir. O alheamento das pessoas em relação a isso é tal, que também pouca importância tem para o caso. O slogan utilizado "Nós, Europeus" é algo com que as pessoas não se identificam; mas quem é que em Portugal se sente europeu? Como diria um amigo, "A Europa acaba nos Pirinéus" A frase certa seria: "Nós, Europeus ?!?"
PSD: esta é para mim a melhor campanha. Uma série de temas onde o comum cidadão é convidado a assinar por baixo. Simples, efectivo, e a dar a cara pela campanha, Monsieur Rangel, ainda visto com alguma credibilidade pelo centrão, ao contrário de praticamente todas as figuras do PSD.
BE: A tourada do costume.
CDS: Antes de mais, deixem-me dizer que temos uma oportunidade única de pôr Nuno Melo a andar daqui para fora. Estou tentado a votar CDS só para deixar de ouvir o Florimelo. Relativamente à campanha, a ideia "Não andamos a brincar.." só pode ser uma brincadeira. Aquela pose de César e uma frase alusiva à antítese da oposição em Portugal (andar literalmente a brincar e a tentar arranjar um happening aqui e ali para fazer barulho) são, lá está.. uma brincadeira.
Não me pronuncio sobre a extrema esquerda, é perder tempo e largura de banda.
Os prognósticos então: vitória tangencial do PS, segundo lugar para o PSD e talvez uma surpresa do MEP com Laurinda Alves. A ver vamos! Ah, e votem ok?
PS: decidiram assumir-se como o grande elo de ligação entre Portugal e a União Europeia. Soares, Guterres e Sócrates de caneta na mão a selarem o nosso futuro. O que não é mentira nenhuma.. excepto Sócrates. O Tratado de Lisboa continua por definir. O alheamento das pessoas em relação a isso é tal, que também pouca importância tem para o caso. O slogan utilizado "Nós, Europeus" é algo com que as pessoas não se identificam; mas quem é que em Portugal se sente europeu? Como diria um amigo, "A Europa acaba nos Pirinéus" A frase certa seria: "Nós, Europeus ?!?"
PSD: esta é para mim a melhor campanha. Uma série de temas onde o comum cidadão é convidado a assinar por baixo. Simples, efectivo, e a dar a cara pela campanha, Monsieur Rangel, ainda visto com alguma credibilidade pelo centrão, ao contrário de praticamente todas as figuras do PSD.
BE: A tourada do costume.
CDS: Antes de mais, deixem-me dizer que temos uma oportunidade única de pôr Nuno Melo a andar daqui para fora. Estou tentado a votar CDS só para deixar de ouvir o Florimelo. Relativamente à campanha, a ideia "Não andamos a brincar.." só pode ser uma brincadeira. Aquela pose de César e uma frase alusiva à antítese da oposição em Portugal (andar literalmente a brincar e a tentar arranjar um happening aqui e ali para fazer barulho) são, lá está.. uma brincadeira.
Não me pronuncio sobre a extrema esquerda, é perder tempo e largura de banda.
Os prognósticos então: vitória tangencial do PS, segundo lugar para o PSD e talvez uma surpresa do MEP com Laurinda Alves. A ver vamos! Ah, e votem ok?
O regresso
Após dois longos meses de ausência - por motivos profissionais - foi com particular satisfação, que registei vários comentários de alguns seguidores do blog averiguando sobre a inexistência de novos posts. Muito trabalho e pouco tempo, o caldo ideal para deixar a escrita de lado. Mas de volta então!
No habitual registo do quotidiano, chamou-me a atenção a forma de apregoar de um distinto vendedor de rua. À porta do metro do Campo Grande, por volta das 8h00, apregoava então o amigo a viva voz com as mãos cheias de carteiras: "A fábrica ardeu, o patrão morreu, é tudo meu." Tudo roubado portanto. Leva-me a história para o natural aumento da criminalidade tendo em conta as circunstâncias económicas. Lembro-me de já ter discutido várias vezes a questão de crescer em zonas complicadas e conseguir - ou não - ter sucesso. Ultimamente o trabalho tem-me levado a algumas zonas complicadas da grande Lisboa (Bº Padre Cruz, Musgueira, Ameixoeira e por aí fora), e efectivamente, são zonas que têm tudo para produzir cidadãos marginais. A questão, e gostava de ter estatísticas dos níveis de escolaridade dos encarregados de educação destas zonas, passa pelas habilitações académicas, ou melhor, a falta de. Se uma criança tem dificuldades, por exemplo, a estudar, e se eu enquanto encarregado de educação não tenho capacidade para ajudar a criança muito provavelmente vai perder o interesse pela escola, e depois claro, tem a outra "escola" à espera e sempre aberta para novas inscrições. Se os encarregados de educação não tiverem essa capacidade de ajuda e essa percepção, estamos a produzir massas de gente abjecta e que quando tiver filhos provavelmente fará o mesmo. O grande tema escolhido por Guterres há uns anos valentes - A Educação - continua vivo e premente. Sócrates escolheu o Choque Tecnológico, englobando parte do plano na educação, concentrado os holofotes no Magalhães. Por muito que doa aos puristas, a utilização de suportes tecnológicos (como o Magalhães) contribui para uma aprendizagem mais completa e torna de certa forma, algumas actividades pedagógicas que à partida seriam aborrecidas, em algo interessante. Em ano de eleições, que bandeiras virão? Espero que se aponte baterias para a educação. Sim, de novo, até se acertar a agulha de vez.
No habitual registo do quotidiano, chamou-me a atenção a forma de apregoar de um distinto vendedor de rua. À porta do metro do Campo Grande, por volta das 8h00, apregoava então o amigo a viva voz com as mãos cheias de carteiras: "A fábrica ardeu, o patrão morreu, é tudo meu." Tudo roubado portanto. Leva-me a história para o natural aumento da criminalidade tendo em conta as circunstâncias económicas. Lembro-me de já ter discutido várias vezes a questão de crescer em zonas complicadas e conseguir - ou não - ter sucesso. Ultimamente o trabalho tem-me levado a algumas zonas complicadas da grande Lisboa (Bº Padre Cruz, Musgueira, Ameixoeira e por aí fora), e efectivamente, são zonas que têm tudo para produzir cidadãos marginais. A questão, e gostava de ter estatísticas dos níveis de escolaridade dos encarregados de educação destas zonas, passa pelas habilitações académicas, ou melhor, a falta de. Se uma criança tem dificuldades, por exemplo, a estudar, e se eu enquanto encarregado de educação não tenho capacidade para ajudar a criança muito provavelmente vai perder o interesse pela escola, e depois claro, tem a outra "escola" à espera e sempre aberta para novas inscrições. Se os encarregados de educação não tiverem essa capacidade de ajuda e essa percepção, estamos a produzir massas de gente abjecta e que quando tiver filhos provavelmente fará o mesmo. O grande tema escolhido por Guterres há uns anos valentes - A Educação - continua vivo e premente. Sócrates escolheu o Choque Tecnológico, englobando parte do plano na educação, concentrado os holofotes no Magalhães. Por muito que doa aos puristas, a utilização de suportes tecnológicos (como o Magalhães) contribui para uma aprendizagem mais completa e torna de certa forma, algumas actividades pedagógicas que à partida seriam aborrecidas, em algo interessante. Em ano de eleições, que bandeiras virão? Espero que se aponte baterias para a educação. Sim, de novo, até se acertar a agulha de vez.
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