Monday, June 25, 2012

Entusiasmo

Hoje é em português até porque a selecção nacional vai às meias finais do Euro e é justo que depois de não sei quantos posts em inglês, escreva um na nossa lusa língua.

Ligamos o facebook e frequentemente vemos aquelas imagens pré-fabricadas sobre felicidade, amor e tristeza. Em primeiro lugar, quero dizer que efectivamente e apesar de todo o cliché que faz acompanhar essas frases, a maior parte delas corresponde à verdade. São frases batidas é certo, mas noventa e nove por cento das vezes, encontramos correspondência na nossa vida com elas, porque basicamente, desde cedo vivemos momentos relacionados com essas sentidas frases. Um exemplo que vi aleatoriamente no meu facebook (vejam a qualidade de "amigos" que por lá tenho): "Não se arrenpenda jamais de ter conhecido algumas pessoas na sua vida." É verdade certo? As que foram más foram uma lição bla bla bla

Onde é que eu quero chegar com isto tudo? Que nos dias que vivemos deixámos de pensar naquilo que realmente interessa. A fórmula para a felicidade, para a harmonia, o equilíbrio (whatever..) passa sempre pelo mesmo: um bom trabalho que permite depois ter uma boa casa, que por sua vez traz conforto, consequentemente alguém que nos ama (ok, esta é polémica, mas é também verdade que em casa onde não há pão..) e por aí fora. Todas as outras fórmulas para a felicidade caem no ridículo. Mas o post não é sobre outros caminhos para a juventude eterna. É sim, sobre o facto de olharmos para estas frases, ou outras mais elaboradas do ponto de vista intelectual e não reflectirmos sobre elas. Limitamo-nos a admirar a beleza do sentimento que nos provoca, porque nos identificamos realmente com aquilo, mas tomar uma atitude em relação ao assunto, está quieto.

O título do post é entusiasmo e não é por acaso. Várias vezes na minha vida, senti entusiasmo por muitas coisas e várias vezes também, perdi o entusiasmo pelas mesmas. É um processo normal suponho. Ou pelo menos, gosto de pensar que é assim, para não achar que sou diferente. Por outro lado e definitivamente, sempre fiz algo para que o entusiasmo fizesse parte da minha vida, que acaba por ser diferente da felicidade, que como diz um amigo meu, é uma coisa passageira (se calhar é, ou morreríamos com excesso de felicidade?).

Considero então fulcral, independentemente do estado que a nossa vida atravesse, que o entusiasmo faça parte de nós e que se algo ou alguém nos limite esse campo, deve ser cilindrado sem qualquer piedade.

Termina este post em formato de auto-ajuda, aconselhando todos os leitores, a incluírem o entusiasmo nas vossas vidas. Seja no trabalho, numa relação, num hobby ou noutra coisa qualquer. Em jeito de filósofo contemporâneo, concluo que sem entusiasmo, não há felicidade.

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