Monday, December 7, 2009

Copenhaga


O aquecimento global será sem dúvida um dos grandes temas deste século. Sinceramente, não sou propriamente um activista da causa, apesar de reconhecer a seriedade e gravidade do fenómeno. Já hoje, se sente em muitas partes do globo, fenómenos climáticos extremos e com consequências graves (uma ilha com cerca de 300 habitantes e que se estima que irá desaparecer por causa da subida do nível das águas, já firmou um acordo com a Austrália para alojar a sua população quando o inevitável acontecer).

Basicamente, os países que mais emitem CO2 (como é o caso da China e EUA), não podem de uma hora para a outra, reduzir as suas emissões para os níveis pretendidos pelos ambientalistas. É muito interessante ser a favor de menos emissões, mas sabe muito bem, ter todo o conforto ocidental à porta de casa (que implica emissão de CO2). Segundo dados recentes, o território da França tem capacidade para produzir alimentos para um máximo de 650.000 pessoas (não recorrendo a qualquer tipo de indústria e consequentemente à não emissão de gases de efeito de estufa). A população estimada do país é de 64,4 milhões de pessoas.

Apesar de acreditarmos nas consequências graves que os cientistas nos apresentam, não conseguimos imaginar-nos num mundo com fenómenos extremos a cada três dias, fome, destruição, secas extremas, falta de alimentos, migrações e o diabo a sete. Uma catástrofe bíblica resumindo. Alguém consegue imaginar isto? Claro que não. Portanto, o esforço e vontade para a redução necessária das emissões de CO2, ficarão circunscritos a pequenos actos (que têm o seu valor), insuficientes para dar a volta à coisa.

Soluções? 27.000 conferencistas em Copenhaga a partir de hoje. Vamos ver.

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