Wednesday, December 23, 2009
Agenda Pessoal
Da discussão política em Portugal pouca coisa se consegue espremer; em vez de um debate construtivo do qual possa resultar algo em benefício do comum cidadão, assistimos de forma continuada a acesas lutas de argumentos vazios em torno de questões onde supostamente, devia reinar a convergência. Qual é o objectivo do País, pergunte a qualquer político. Mesmo assim, voltando um pouquinho atrás e lembrando o pacto de Justiça entre PS e PSD, aquilo que se verificou no fim, foi cada partido a arrogar para si mesmo o ónus de uma decisão alegadamente produtora de benefícios para todos. Conhecemos também o lamaçal em que a Justiça se encontra, não é preciso derivar muito sobre o tema. Ora, se em divergência nada se consegue produzir e em convergência também nada se consegue produzir, qual é a solução?
Mudar de políticos não é de certeza, enquanto forem os partidos a elaborar por sua vontade as listas de deputados, os futuros políticos resultarão sempre das simpatias e influências conseguidas e nunca do seu mérito. Naturalmente, na altura de tomar decisões e assumir posições, alinharão as suas insignificantes vontades com a conveniência dos poderosos que lhes abriram as portas. Portanto, esqueça-se os políticos, pelo menos no modelo que se encontra em vigor.
Este sistema político, tendo em conta as características da nossa forma de ser, é impraticável. É preciso criar regras que evidenciam o mérito baseado nas especificidades próprias do indivíduo e não na sua capacidade de se relacionar ou de causar boa impressão.
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